Brasileiros que se apresentam na cidade de Hurgada querem deixar o país.
Eles temem que atos violentos do Cairo se espalhem por outras cidades
Um grupo de 15 bailarinos brasileiros que está em Hurgada, cidade litorânea do Egito no Mar Vermelho, reclama que não consegue deixar o país e teme que os violentos protestos do Cairo se espalhem também pela cidade, onde até agora houve protestos pacíficos.
“Nosso contrato vai até julho desse ano, mas com essas manifestações, estamos querendo ir embora antes. Estamos morrendo de medo”, conta a catarinense Julia Soares Weiss, de 19 anos.
Contratados para fazer apresentações de dança em uma rede de hotéis na cidade turística, os brasileiros dizem que no aeroporto local não há passagens à venda e a opção mais viável seria deixar o país pela capital, Cairo, epicentro dos protestos –o que eles não querem.
“Recebemos muita informação distorcida. Algumas pessoas dizem que temos que ir embora logo porque o país pode sofrer invasões. Estamos assustados, não queremos correr nenhum risco”, diz a catarinense.
Na semana passada, diz Julia, a cidade ficou sem internet, que só voltou há dois dias. Além disso, conforme a brasileira, o número de turistas vem diminuindo, o que afeta diretamente o trabalho do grupo, que já teve uma apresentação cancelada.
“O fluxo de turistas não é o mesmo. Por isso, nosso salário está comprometido. Se continuar assim, nosso chefe, que é turco, não vai ter como arcar com as despesas.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário