quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Jornalista é ferido a facadas no Egito, diz TV sueca


Bert Sundstroem cobria os confrontos entre manifestantes no Cairo.
Repórter foi hospitalizado e dever ser submetido a cirurgia, diz emissora.


Um jornalista da televisão pública sueca SVT foi "gravemente ferido" a facadas nesta quinta-feira (3) no Egito, anunciou à noite o próprio canal de televisão.
O jornalista "Bert Sundstroem está muito machucado. Foi hospitalizado no Cairo e dever ser submetido a uma cirurgia", anunciou a emissora em seu site na internet.
"Ainda não sabemos o que aconteceu", acrescentou.

Bert Sundstroem telefonou para a redação pela última vez no início da tarde desta quinta-feira, 13h no Cairo (9h de Brasília).
Pouco depois, seu produtor chamou-o para uma reportagem ao vivo da praça Tahrir. "Uma voz em árabe respondeu que Bert estava detido, até a comunicação ser cortada", informou o produtor, Robert Wistroem, no site web da SVT.
Segundo uma tradução em sueco, publicada no site, a voz não identificada declarou: "O seu homem está detido pelo Exército. Bando de filhos da puta, se quiserem recuperá-lo, venham procurá-lo. Foi detido pelo governo egípcio. Está vivo e acordado".

Indenização por acidente com moto tem maior percentual em 5 anos


Em 2010, 60,7% de pagamentos do DPVAT foram para acidentes do tipo.
Motociclistas lideram casos de indenização por invalidez permanente.


Acidentes com motos representaram 60,7% das indenizações pagas pelo Seguro Obrigatório em 2010, que somaram R$ 2,028 bilhões. Foi o percentual mais alto dos últimos cinco anos, considerando dados da Seguradora Líder, que administra o DPVAT.
No ano passado, foram aceitos 153.341 pedidos de indenização por acidentes envolvendo esse tipo de veículo, que representa 26,3% da frota nacional. Para vítimas de acidentes com automóveis houve 78.322 indenizações, 31% dos 252.351 pagamentos no ano. Em números absolutos, o total de indenizações por acidentes com moto em 2010 foi um pouco menor que o de 2008, quando houve 153.662 pagamentos, mas que representavam 56,4% do total.
O seguro por Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de via Terrestre, ou DPVAT, é obrigatório por lei (6.194/74) desde 1974 e utilizado para indenizar vítimas de acidentes de trânsito causados por veículos motorizados que circulam por terra ou por asfalto. Não prevê cobertura de danos materiais causados por colisão, roubo ou furto de veículos.
DENIZAÇÕES PAGAS PELO DPVAT
 201020092008200720062005
MOTOS153.341145.699153.662134.46593.69381.059
Carros78.32289.04794.02092.69377.85976.501
Total (inclui caminhões e ônibus)252.351256.472272.003252.130193.118175.021


A fatia das indenizações por acidentes com motos cresceu gradativamente nos últimos anos. Em 2005, foi de 46,3%, mais equilibrada com a de pagamentos por acidentes com automóveis, que foram 43% do total de 175.021 indenizações. Em 2007, os sinistros com motos passaram a mais de 50% do montante pago.
A constante alta justifica, segundo a seguradora, o fato de o DPVAT ser mais caro para motos do que para carros. Com o reajuste autorizado neste ano, o seguro sai por R$ 274,06 para esse tipo de veículo contra R$ 101,16 para automóveis. “As motos representam1/4 da frota do país, mas 60% das indenizações pagas. O preço é proporcional à freqüência”, diz o presidente da Líder, Ricardo Xavier.
O valor da indenização, no entanto, não muda desde 2007. Em caso de morte por acidente envolvendo qualquer tipo de veículo, o pagamento é de R$ 13,5 mil, valor máximo também para invalidez permanente. Para despesas médicas e suplementares, não passa de R$ 2,7 mil. Segundo o Ministério da Fazenda, a correção só pode ser feita se houver uma mudança na lei.
Estatísticas são poucasÉ difícil comparar os números de indenizações pagas pelo DPVAT com a ocorrência de acidentes no Brasil. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) informa que o último levantamento que divide o número de acidentes por tipo de veículo foi feito em 2008. Considerando os que tiveram vítimas (mortos ou feridos), foram 597.786 no total, sendo 200.449 (33,53%) com motocicletas, a maior parte em São Paulo e em Goiás. O número, no entanto, é menor do que os 246.712 envolvendo automóveis (41%). Naquele ano, o DPVAT pagou 272.003 indenizações, 56,4% delas para acidentes com motos.
O número de indenizações pagas em um ano não pode ser considerado como representativo dos acidentes no mesmo período porque o prazo para dar entrada no pedido do DPVAT é de três anos. Há exceções: para acidentes envolvendo invalidez, nos quais o acidentado esteve ou ainda está em tratamento, o prazo para prescrição levará em conta a data do laudo conclusivo do Instituto Médico Legal (IML).
Motociclistas lideram casos de invalidez
Em 2010, mais de 68% das pessoas que receberam indenização por invalidez permanente estavam envolvidas em acidentes com motocicletas, assim como 65,63% dos que receberam reembolso de despesas médico-hospitalares, segundo a Seguradora Líder. Em 69% dos acidentes em veículos de duas rodas, a vítima é o próprio condutor. Para o presidente da seguradora, falta de consciência aos usuários.
Dados compilados pelo Ministério da Saúde entre 1997 e 2008 apontam crescimento do risco de morte por motociclistas em acidentes. A incidência é maior na faixa dos 15 aos 19 anos, em que esse tipo de ocorrência causou o maior número de mortes por causas externas (acidentes e violência).
Do total arrecadado pelo DPVAT, 45% são destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), para despesas com assistência médica dos segurados vitimados em acidentes, e 5% vão para Denatran, para campanhas de prevenção de acidentes e educação no trânsito.

'Estamos morrendo de medo’, diz bailarina de grupo brasileiro no Egito


Brasileiros que se apresentam na cidade de Hurgada querem deixar o país.
Eles temem que atos violentos do Cairo se espalhem por outras cidades


Um grupo de 15 bailarinos brasileiros que está em Hurgada, cidade litorânea do Egito no Mar Vermelho, reclama que não consegue deixar o país e teme que os violentos protestos do Cairo se espalhem também pela cidade, onde até agora houve protestos pacíficos.

“Nosso contrato vai até julho desse ano, mas com essas manifestações, estamos querendo ir embora antes. Estamos morrendo de medo”, conta a catarinense Julia Soares Weiss, de 19 anos.

Contratados para fazer apresentações de dança em uma rede de hotéis na cidade turística, os brasileiros dizem que no aeroporto local não há passagens à venda e a opção mais viável seria deixar o país pela capital, Cairo, epicentro dos protestos –o que eles não querem.


Ao entrar em contato com a embaixada brasileira no Cairo, segundo Julia, eles foram orientados a ficar em casa. No entanto, assustado, o grupo, com idade entre 17 e 30 anos, está deixando o hotel onde está acomodado para se hospedar em outro mais distante do centro da cidade.
“Recebemos muita informação distorcida. Algumas pessoas dizem que temos que ir embora logo porque o país pode sofrer invasões. Estamos assustados, não queremos correr nenhum risco”, diz a catarinense.

Na semana passada, diz Julia, a cidade ficou sem internet, que só voltou há dois dias. Além disso, conforme a brasileira, o número de turistas vem diminuindo, o que afeta diretamente o trabalho do grupo, que já teve uma apresentação cancelada.

“O fluxo de turistas não é o mesmo. Por isso, nosso salário está comprometido. Se continuar assim, nosso chefe, que é turco, não vai ter como arcar com as despesas.”

Estreia de Rivaldo tem golaços e vitória de virada sobre o Linense


Craque aplica chapéu e faz seu primeiro gol. Rogério Ceni faz mais um de falta, e São Paulo derrota o time de Lins por 3 a 2 no Morumbi


Rivaldo distribuiu chapéus, uma bola por entre as pernas e de quebra ainda fez um golaço em sua estreia na vitória de virada do São Paulo por 3 a 1 sobre o Linense, nesta quinta-feira à noite no Morumbi. A atuação não foi nota 10, mas elevou a autoestima dos são-paulinos presentes, que andavam desconfiados sobre o que esperar do time este ano. Quase 15 mil torcedores foram ao estádio.

Com o resultado, o Tricolor foi a 12 pontos, terminando a sexta rodada do Campeonato Paulista na quarta posição. O time de Lins ficou em 15º, com cinco.


Bons passes, caneta que não valeu e cansaço
O craque desde o início assumiu a responsabilidade de vestir a camisa 10 tricolor. Foi dele o primeiro toque na bola e, logo aos dois minutos, acertou um belo lançamento cruzado, da esquerda para a direita, para Dagoberto. O atacante ajeitou para Jean, que arriscou de fora da área. Paulo Musse defendeu bem, em dois tempos. Pouco depois, Rivaldo tentou seu primeiro chute a gol, mas não pegou bem na bola, que foi facilmente dominada pela zaga adversária.
Aos 10, o Linense assustou Rogério Ceni. André Luís arrancou pela esquerda e cruzou para a área. A bola desviou em Jean e quase encobriu o goleirão. O jogo era morno, com os dois times preferindo toques curtos, sem tanta velocidade. Aos 20, Rivaldo cobrou falta da esquerda e quase enganou Paulo Musse, que teve que se esticar todo para evitar o gol, de soco.
Mesmo com mais posse de bola, o São Paulo enfrentou os mesmos problemas de sempre: sem um homem de referência, muitos passes para o lado, poucas jogadas de linha de fundo e Dagoberto perdido entre os zagueiros, tentando fazer o papel do camisa 9 que o time ainda não tem. O panorama só mudava um pouco quando o atacante abria pelas pontas ou saía da área. Com triangulações ou tabelas esporádicas, o Tricolor conseguia levar mais perigo, principalmente pela direita, com Ilsinho e Jean, que vez por outra até trombavam entre si.
O Linense, muito recuado e com uma forte defesa, até tentava assustar nos contra-ataques, mas esbarrava sempre na bem postada defesa são-paulina. Aos poucos, Rivaldo foi dando sinais de cansaço, ficando longe da bola. Aos 36, acertou um lindo drible entre as pernas de Marcelo Santos e levou a torcida ao delirio. O lance já estava parado, já que o meia havia sofrido falta. Mas valeu pela plasticidade.
Aos 42, mais trabalho para Ceni: Marcus Vinícius mandou uma bomba de longa distância, e o goleiro tricolor se esticou todo para mandar a bola pela linha de fundo. E esse foi o último lance de perigo do primeiro tempo.
Golaços de Rivaldo e CeniO camisa 10, mesmo cansado antes do intervalo, retornou para o jogo. E Carpegiani optou por uma alteração: Marlos no lugar de Ilsinho. Mal o segundo tempo começou, o Linense teve um gol anulado. André Luiz estava adiantado. Mas, aos seis minutos, não teve jeito. Após cruzamento da esquerda, Miranda afastou mal, e Eric acertou um chute sem defesa, à direita de Ceni.


Pouco depois, a marca do craque. Aos 11, Rivaldo recebeu de Dagoberto na entrada da área, deu um chapéu em Bruno Quadros com a coxa esquerda e tocou na saída de Paulo Musse. Empolgado com o gol, Carpegiani resolveu mandar o São Paulo em busca da vitória e colocou Fernandão no lugar de Zé Vitor e o zagueiro Luiz Eduardo na vaga de Juan. Com as alterações, o esquema mudou para o 3-5-2, com Fernandinho sendo deslocado para a ala esquerda.


E o time foi mesmo para cima, impulsionado pela torcida e conseguiu a virada. Dagoberto tocou para Marlos, que entrou pela esquerda e soltou uma bomba no ângulo direito do goleiro do Linense, aos 18: 2 a 1.


Aos 27, um lance curioso. Mesmo visivelmente cansado, Rivaldo ajudava a defesa e foi cobrir o avanço de Jean quando Marcus Viníucius tentou uma jogada pela esquerda. O camisa 10 se esticou todo para tentar desviar a bola. Não conseguiu, mas mostrou muita raça. Aos 38, um chapéu para trás, em mais um lance de arte do craque.


Logo depois, aos 40, o ídolo maior em ação. Falta na entrada da área, os dois ficaram lado a lado, mas quem cobrou foi Rogério Ceni, no ângulo direito de Musse. O segundo gol dele no Paulista, e o 97º na carreira, segundo as contas do clube. Na comemoração, um abraço apertado no camisa 10.


Quase no fim, Jean fez uma linda jogada pela direita e chutou forte, para uma bela defesa do goleiro do Linense. Aos 47, o adversário ainda teve tempo de fazer o segundo. Após bate rebate na área, a bola sobrou para Alessandro Cambalhota, que acertou o ângulo direito de Ceni. Apito final e ânimo renovado para todos os tricolores. 'Rivaldo, Rivaldo', cantaram.


Na próxima rodada, o São Paulo enfrenta o Botafogo, domingo, às 19h30m (de Brasília) em Ribeirão Preto. O time de Lins encara a Ponte Preta, na quarta, dia 9, às 19h30m, em Campinas.

Carro cai em rio congelado nos EUA e três pessoas morrem

Acidente com caminhonete ocorreu em estrada de Oklahoma.
Outras cinco pessoas ficaram feridas em acidente, segundo polícia.